As macroalgas, enquanto produtores primários, estão na base da cadeia alimentar marinha, sustentado várias comunidades de animais bentónicos herbívoros: invertebrados, como alguns ouriços e/ou gastrópodes, e vertebrados (como peixes herbívoros) e onde também acabam por encontrar refúgio dos seus predadores (carnívoros). Para fugir a esta herbivoria, por vezes intensa (em recifes naturais ou paredes rochosas da plataforma continental), muitas macroalgas fora, aprimorando estratégias de defesa, sendo a calcificação (comum em algas vermelhas, como as Corallinaceae) uma das mais vulgares, se bem que também possam produzir metabolitos secundários (terpenos, substâncias aromáticas, polifenóis, etc.) que atuam como desmotivadores da sua ingestão.
Texto e imagem adaptados de Leonel Pereira & Fernando Correia (2015).
MACROALGAS MARINHAS DA COSTA PORTUGUESA biodiversidade, ecologia e utilizações.
Nota de Rodapé Edições. pp 23 e pp 126. ISBN 978-989-20-5754-5.